Sobre o significado de TaladaNaTela: Na linguagem da rua usamos um dialeto que chamamos de TTK. Usamos as palavras com as sílabas ditas de trás para frente.
TALADA é igual a LATADA.
Uma latada na tela para expressar as idéias aqui espostas. A lata é um simbolo bem forte para nós e muito representativo.
- Leandro TiCK
- fotografia Aaron FIRESTEINTaladaNaTela é um fotógrafo de São Francisco, um pintor baseado no Paraguai, um músico colombiano, quatro grafiteiros cariocas, e uma curadora voluntária australiana.
Uma mostra internacional, multicultural, multimídia promovendo encontro de pensamentos diversos com caminhos divergentes, para em ultima instância traçar caminhos paralelos.
1 .- TaladaNaTela como Projeto Artístico
De pichação em muros a latas de spray nos murais, de instalações suspensas a fotografia, vídeo e desenho digital, de pintura com pincel a lata de spray sobre tela.
Qual arte tem valor?
Quais são as implicações na escolha da mídia? Escolher pegar num pincel ou numa câmera? Uma lata de spray ou um computador para criar?
Quando e onde grafite é vandalismo? E quando é simplesmente expressão artística? Como é que este conceito desvia, altera ou transforma o contexto? Quando é expresso nas ruas, e em seguida muda para uma exposição?
Quem é o grafiteiro? Desmascarar sua identidade, bem como a natureza da sua marca.
- desenho Vinícius CASHTICK - www.fotolog.com.br/tick_camicaze
FIRESTEIN - www.pbase.com/afirestein
CASH - www.cashland.com.br
OVELAR - www.flickr.com/photos/ocece
CAZÉ - www.flickr.com/cazesawaya
EFIXIS - www.fotolog.com.br/efixis
2 .- TaladaNaTela como Projeto Social e Debate Artístico
O que é, arte pobre e arte rica?
Em uma cidade onde vive a pobreza de forma visível ao lado riqueza, a idéia de TaladaNaTela surge como uma reação direta de uma voluntária estrangeira e sua experiência como professora de artes em um projeto educacional, cooperado por um grafiteiro em sua comunidade, Tabajaras em Copacabana. Com isso, nasceu o desejo de abrir um diálogo sobre as questões relacionadas com o grafite, a sua importância social, a natureza da sua produção e exibição. E este, em última análise, torna-se um formato artístico acessível a todos os setores da sociedade, aceitem ou não.
O estrangeiro que for será privilegiado pois deslizará facilmente entre os dois mundos. Um brasileiro é sempre um brasileiro - pobres ou abastados - para muitos o recém-chegado ao Rio, ignorante ao preconceito, a marginalização, aos constrangimentos sociais, e ao abismo entre as classes.
Se grafite é acessível a todos os setores da sociedade nas ruas do Rio de Janeiro, TaladaNaTela congratula-se com esta mesma convergência na Casa CarioKa. O Debate Artístico - através da discussão direta com os artistas - pretende abrir uma atmosfera confortável, conduzir esta seção transversal encorajando perguntas, explorações e descobertas.
E esperamos juntos apreciar e descobrir a paixão universal da humanidade pela Arte.
- fotografia Aaron FIRESTEIN- tradução Orlando MARQUES NETO